Já são 35 semanas de gravidez e é inevitável que seja este o foco da nossa vida agora.
O puto tem 3 kg e está grande por isso devem provocar o parto antes das 40 semanas, até porque tenho diabetes gestacionais, tomo insulina e afins. É escusado a criança estar no "engorda" dentro de mim se pode faze-lo cá fora depois das 37 semanas, o tempo indicado em como está prontinho para nascer. Tenho uma barriga gigante que já acaba por pesar um pouco. Ele dá biqueiros que se farta e não me deixa dormir decentemente, mais por causa do peso. Espero conseguir ter um parto normal, não é natural. Aprendi que natural é sem drogas e normal é pela via "de baixo" mas com a bela da epidural. Tenho receio que me destrua a "vajaja" mas sei que a recuperação de uma cesariana é pior, mais dolorosa e uma seca. Neste momento não tenho medo, mas sim ansiedade, curiosidade, pelo momento que está para vir, para conhecer o nosso filho e ver finalmente o seu rosto. Ele tem de sair não adianta de nada stressar porque só dificulta as coisas. Tenho mais que relaxar e ser uma mãe calminha que só facilita o parto. Tudo o que desejo é que este miudo que ainda não conheco mas que já amo com todas as forças nasça bem e saudável. Depois o resto é tudo uma questão de mudar hábitos, que nós tal como muitos outros pais o fizeram até agora, teremos de fazer.
O Mate participa em tudo está todo animado, apesar de suar só de pensar que faltam apenas algumas semanas. Tenho a certeza que vai ser um pai maravilhoso e super presente.
Estamos num curso de preparação onde aprendemos imensas coisas, desde práticas de respiração, como amamentar, dar banho, recuperação pós parto. Muito porreiro, particularmente para quem nunca interagiu com bebés como eu ou o mate. Também fizemos uma sessão fotográfica para ficar a recordação deste momento tão importante da nossa vida. O quarto está pronto, com todas as coisas para o miúdo e muito, muito bonito. Foi pensado ao pormenor por mim e pela pai.
A excelente noticia é que vendemos a casa que ainda tínhamos no UK e que era infelizmente uma fonte de despesas. O timing não podia ser melhor, mesmo antes dele nascer, fecha-se um ciclo e inicia-se uma fase tão importante na nossa vida. Claro que sentimos sempre alguma nostalgia com a venda daquela casa, porque foi a nossa primeira casa juntos, que remodelamos e decoramos de cima abaixo. Passamos momentos muito felizes ali e temos imensas recordações, mas nos últimos anos era unicamente uma fonte de despesa e frustração. Não tivemos sorte nenhuma com as pessoas que lá estiveram a alugar, desde amigos a desconhecidos. E, por isso mesmo, as nossas visitas a Manchester resultaram sempre em semanas de limpeza e trabalho na casa, em vez do desfrutar da cidade do país e dos nossos amigos. Agora estou certa que mais vezes visitaremos aquela cidade e poderemos mostrar ao nosso pimpolho o local onde o pai e a mãe viveram e tantas outras coisas.