28/05/2013
Por vezes reaparece
Estava a falar com uma colega ao almoço que está gravida. Quase seis meses e deve ter o bebé precisamente na altura em que eu iria ter. Afinal descobri que ainda dói. Como é que é possível continuar a sentir a falta de alguém que não se chegou a ter? Sou forte e avancei, enfrentei e lutei. Mas em algumas situações dou por mim a vacilar. Quando vejo uma gravida na rua, quando falo com alguém com filhos, quando penso que iria passar este Verão de barrigão e não vou. Cheguei a comprar um vestido, a imaginar que roupas minhas me serviriam. Fui precipitada? Talvez. Acho que qualquer mulher que engravide pela primeira vez não espera que corra mal, apesar de informada, consciente. A lógica do pensar que só acontece aos outros aplica-se totalmente nesta situação. Ainda não reabri a pasta no meu computador com imagens de roupas, decorações de quarto e afins que fui retirando da net e coleccionando. Um dia destes talvez.
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2 comentários:
Ouvi uma vez alguem dizer que somos maes desde o momento em que o desejamos e sonhamos ser e que qualquer perda que tenhamos sera sempre dolorosa e sera sempre um filho nosso que existiu e partiu... eu nunca consegui esperar sequer os 3 meses para anunciar os positivos, verdade que evita muitas coisas caso corra "mal" mas digo sempre a toda a gente (familia e amigos) desde que sei, porque desde que sei que ja sou mae, aconteça o que acontecer! ja tenho sonhos e ja tenho planos, ja penso em nomes e cores e o meu/nosso coraçao ja transborda!
essa dor é o luto que tens de fazer... e eu nao sei mais que dizer e por isso deixo-te aqui um grande beijinho e um abraço apertadinho!
força!!!
Anouska. Nós também contamos logo à família e aos amigos. Eu até disse logo que se acontecesse alguma coisa eles também estariam ali para ajudar, mas nunca pensava que fosse acontecer. Somos assim, não conseguimos esconder as alegrias de quem gosta tanto de nós. Obrigada pelo beijinho. Devolvo aqui outro para ti.
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