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21/12/2009

Regressar a Portugal é…(parte I)






Ter a família e amigos perto :O)
Ter outros amigos longe :O(

Ter euros em vez de libras;

Retomar o hábito de tomar pelo menos um café decente todos os dias e não aquelas chávenas gigantes de água castanha;

Comer Francezinhas em vez de English breakfast, natas em vez de tartes de maça, croissants em vez dos scones maravilhosos que há no Sainsburys - que torrados pela manhã com manteiga e junto com as tartes de maçã, são de derramar uma lágrima de felicidade e agradecer por estar na terra e ter oportunidade de provar estas coisas – (de reparar a minha mudança de tom de escrita e animação quando o assunto é comida), pintarolas em vez de minstrels, beber finos em vez de Pints, Compal em vez de Inocent…e podia continuar a escrever um “guerra e paz” gastronómico acreditem;

Conduzir pela direita em vez da esquerda;

Ter de pagar portagens novamente;

Não viajar 20 vezes ao ano nos aviões superlotados, super-sujos, mal pilotados, mas com viajens super baratas da Ryanair;

Não ouvir “love” mil e tantas vezes ao dia;

Ter sol 355 dias ao Ano em vez do nevoeiro e chuva de Manchester;

Ter a praia de Lavra em vez do Alkrington Woods para ir passear o Fusco;

Ter um Natal com chuva em vez de um Natal com neve;

Não ter o B&Q para fazer milhentas obras em casa, mas ter casas giras para comprar 

Ter a Zara a Mango com roupa completamente diferente da que se vende em Inglaterra;

Não ter a Next, mas ter aqui a agora o maravilhoso mundo da loja P – Sim já abriu no parque nascente e eu nem acredito que ainda não fui lá – espero que não seja uma desilusão.

Regressar à esfera social portuguesa versus inglesa e levar com a realidade de chapadão na cara. Sim, porque voltámos inocentemente munidos do espírito da crença que algo mudou nestes dias, meses, anos que estivemos fora. No fundo achamos que os amigos que tinham ficado por cá e com quem mantivemos contacto estavam a exagerar e a burocracia, hierarquia desproporcionada, tacanhez estúpida que continua a existir em Portugal era um mito. Ela existe, as pessoas continuam a conduzir depressa demais, continua a haver “Chico-espertiçe”. Sim continuamos a ser pequeninos em tantas coisas!!!

Mas o balanço continua a ser positivo. Ainda não houve um único momento de arrependimento no retornar à terra mãe. O objectivo sempre foi esse, voltar. Abrir horizontes, conhecer mais, aprender mais ainda e evoluir e regressar para pôr em prática. Certo é que o UK “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. Nunca esquecerei e sempre regressarei. Mas só estando cá para conseguir tentar trazer um pouco da transformação, novos costumes, ideias frescas. Para já ainda estou na fase “Yes we can” a ver vamos.

To be continued…



1 comentário:

Lara disse...

Nao sou grande seguidora de blogs, mas gosto de ler os dos amigos. E quando é bem escrito mais prazer dá. O que escreves faz-me sentir saudades, mas também faz-me ter a certeza que "i'm still not ready" para voltar. :-) Quero sentir tudo isso, mas não hoje, não já.

E estou há espera da visita..... com scones do sainsbury's e apple pie.

Bjos, com saudades.. "love" :D